11 setembro 2014

If you can't love yourself, how the hell you gonna love somebody else. Can I get an amen? Ou como eu queria poder dizer pra mim mesma do passado que vai ficar tudo bem

Como a maioria de vocês sabem (ou não) eu tenho pequenos surtos e crises (que um dia um professor da faculdade disse que vem de uma palavra grega que remete a criar, o que me deixou bem feliz na época, mas que nunca achei embasamento cientifico pra reproduzir) e elas SEMPRE me ajudam.
Normalmente, eu tenho crises nessa época do ano relacionadas ao meu emprego ou a minha faculdade, mas essa ultima provavelmente é a crise mais bonita que eu já passei na vida, que tem única e exclusivamente a ver comigo e com meu amor próprio.

Deixa eu explicar do começo.

Nos últimos dias, semanas e meses eu tenho lido diversos textos de blogs de meninas "plus size" e tenho ficado fascinada de como elas tem uma confiança e um amor que eu nunca tive. Gostaria de indicar o meu favorito ultimamente que é o Lugar de Mulher. Os textos das meninas tem me inspirado muito e me feito pensar sobre eu mesma em diversos aspectos (e não, eu não leio só pra me sentir melhor comigo mesma, leio porque elas tem sido minha inspiração de como me amar mais, de como ser uma pessoa melhor).

Eu nunca fui plus size, mas sempre fui a gorda escrota da escola. Quando eu era pequena, tinha um menino que estudava comigo que me apelidou de Boi Tata, porque eu era uber gordinha e bem... Meu nome é Tamires.
(mal sabia ele que Boi Tata na real é uma cobra iradíssima que pega fogo e zaz)

Sempre fui complexada com meu peso, sempre fui a gorda escrota do colégio. Os garotos não gostavam de mim, eu mal tinha amigas e isso fez com que, desde cedo eu só andasse com garotos (isso e o fato de que a Manchete me deixava assistir Cavaleiros do Zodíaco, Sailor Moon, Shurato e-), a real é que eu era muito feliz com meus amigos meninos, mas sinto que demorei pra entender a minha feminilidade e de onde ela tinha que vir. Quando criança, fiz uma super dietinha com um endocrinologista infantil, porque eu realmente estava beirando a obesidade, e isso não era legal.

Durante muitos e muitos anos, agora já dentro da pré-adolescência eu escondia meu corpo em roupas largas, porque eu era gorda, e ninguém podia me ver sendo gorda. e quando eu colocava uma roupa diferente, eu me sentia um peixe fora d'água, era horrível. Além do fato de que eu usei aparelho nos dentes durante boa parte da minha infância e adolescência, então já viu né? Além dos óculos. Eu era tipo a amiga que você só tinha pra perguntar das outras meninas.

Com 16 anos fui de novo no endocrinologista, dessa vez no que meus pais também iam, e ele me passou um remédio pra emagrecer (remédio esse que era controlado e depois virou faixa preta. NUNCA. REPITO, NUNCA façam isso na vida de vocês). Pulei dos 65kg (que era o que eu achava que era obesidade) pra 50kg (que foi quando eu tava num momento quase doente). Mas eu amava meu corpo de 50kg. Eu era fina, eu era magra e as pessoas finalmente gostavam de mim, eu tinha amigos, eu tinha garotos me cantando, eu tinha um namorado, era tudo perfeito. Exceto que, quando eu olhava pro espelho, eu ainda via aquela menina super gorda e infeliz.

A partir dos 20 anos, comecei a ganhar peso de novo, parei de tomar o remédio controlado com uns 18 e depois que entrei na faculdade, larguei mão de vez. Em dado semestre da faculdade eu engordei muito de uma hora pra outra, por puro stress e ansiedade, cheguei no 63kg e fiquei lá por um boommmm tempo. 

Ano passado eu decidi que precisava começar a me cuidar mais, minhas calças já não me serviam e eu precisava perder peso, porque eu não ia comprar calças 42. A realidade é que, por diversos fatores (que não cabem aqui agora), eu só comecei a me cuidar de verdade esse ano. Comecei academia e comecei a me alimentar melhor, tudo pra poder perder peso de forma saudável e não ter mais que me odiar quando olhava no espelho.

O ponto todo é que, independente de 50kg ou 65kg, eu sempre tinha que travar uma batalha diária comigo mesma - e ainda tenho - eu demorei pra aceitar que nunca vou ter perna finas, a aceitar que meu quadril sempre vai ser enorme, a aceitar que meus pés sempre vão ser pequenos em comparação com a minha panturrilha e que minha canela nunca vai afinar.
Ainda hoje eu me olho no espelho e preciso olhar meus pontos positivos pra não me criticar. Não existe critica pior pra você do que você mesma, então você precisa se aceitar, mudar seu exemplo de "garota ideal" e precisa, acima de tudo, se amar.

A minha grande crise dos últimos tempos tem sido com meu guarda-roupas. Eu estou "limpando" ele totalmente, tirando tudo que não me cabe, que não me deixar feliz ou que me distancia da pessoa que eu quero ser. Tirei roupas, sapatos, acessórios e já estou quase 100% com essa mudança. Me sinto ótima (até porque a roupinhas vão pra um lugar melhor ou pra pessoas que precisem, e fazer boas ações enchem o coração da gente de amor!).

Eu NUNCA entendi quando diziam que "seu corpo é um templo" até recentemente.
Mais do que a comida que você ingere ou como você vai fazer essa maquina que é seu corpo funcionar, existem tantas outras coisas que vocês precisa considerar dentro do seu "templo".
Eu eliminei da minha vida o refrigerante, mas também eliminei gente que me colocava pra baixo, gente que nitidamente queria meu mal. Além de fazer exercícios, eu comecei a me policiar com o que eu diria para as pessoas, sempre no lema "se não tem nada bom a dizer, não diga nada". A minha maior dieta não é de alimentação e meu maior exercício não é o físico, mas filtrar coisas e pessoas que me fazem mal e exercitar o pensamento positivo só tem me trazido frutos bons. Eu não amaldiçoou segundas-feiras, eu não xingo quando chove, eu tento achar um ponto positivo em tudo e, pra mim, essa é a maior prova do quanto eu amadureci no auge dos meus 24 anos.

Eu queria poder deixar esse texto como exemplo pra todo mundo, pra todo mundo mesmo.
Se amem.
NADA que vocês fizerem vai valer a pena se vocês não conseguirem aceitar e amar vocês mesmas (os) acima de tudo.
Mantenham o pensamento positivo.
Isso não quer dizer que você tem que ser um santo, nem que não pode ficar com raiva, mas procure um raio de sol mesmo quando o céu estiver nublado, vale a pena.

Se eu pudesse falar comigo mesma quando eu tinha meus 10 anos, eu com certeza diria "vai dar tudo certo" ou "vai ficar tudo bem". Porque fica e porque vai. Nada é tão ruim que dura pra sempre e eu acho que essa é a maior lição que a gente pode tirar de absolutamente tudo que fazemos.

Hoje eu tenho certeza que a criança que eu era ia sentir muito orgulho de mim, e isso não tem preço nenhum. Espero que eu mesma com 35 anos leia esse post e lembre-se do que a gente tá passando agora, porque é magnifico, é ótimo e deveria ser assim todos os dias.

Por fim, fecho com a frase do RuPaul (RuPaul's Drag Race).
If you can't love yourself, how the hell you gonna love somebody else? (se você não se ama, como caralhos você vai amar outra pessoa? - tradução livre).

So, can I get an Amen?
Postado por Amy às 16:08 3 comentários
11 setembro 2014

If you can't love yourself, how the hell you gonna love somebody else. Can I get an amen? Ou como eu queria poder dizer pra mim mesma do passado que vai ficar tudo bem

Como a maioria de vocês sabem (ou não) eu tenho pequenos surtos e crises (que um dia um professor da faculdade disse que vem de uma palavra ...
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18 fevereiro 2014

Ter ou não ter, eis a questão ou quando a sociedade desconta as expectativas dela em você

Não existe nada que me frustra mais ao ter uma conversa na hora do almoço com colegas de trabalho ou em alguma ocasião especial com a minha família (nem preciso falar que tenho apoio total dos meus amigos - aqueles que são amigos mesmo - que entendem a quantidade de coisas que eu tenho como objetivo de vida e como ter filhos não esta nos planos) do que dizer em voz alta "Eu não quero ter filhos" e receber os olhares mais secos e incrédulos de uma vida.

Colega de trabalho dizem:
"Você é nova e ainda vai mudar de ideia"
Não. Eu penso assim desde sempre. Não brincava de ter bonecas-filhas quando eu era criança, não brincava de casinha, nunca gostei. Sempre preferi ser uma profissional de sucesso e ter ligações e papeis pra mexer (mesmo não fazendo ideia do que eu estava fazendo).

A família então...
"Mas seus pais não vão ter netinhos?"
Não se depender de mim. E eles vão ter que se acostumar com a ideia (na realidade, já estão extremamente calejados e nem criam expectativas). A vida não se resume a nascer, crescer e ter filhos. Uma pena se os seus filhos pensam assim, né?

Eu acredito que o fenômeno que acontece nesse caso é o mesmo que acontece quando você diz que esta solteira. A sociedade joga as frustrações e desejos dela em você e nas suas perspectivas de vida. Acontece que para seu chefe de 40 e poucos anos e para suas tias de 50 e todos, o simples fato de você ter nascido mulher te coloca esse "fardo" de que você tem que ser mãe.
Acho lindo quando as mulheres tem esse desejo, e apoio, mas sempre coloco meu ponto de vista também. Filho é coisa séria, não é só você colocar um negocio minusculo no mundo e achar que esta tudo bem. Ao ter um filho, você dificilmente pensa em como você se comportou como filho também (afirmação baseada em diversas conversas com varias pessoas, não existe uma estatística aqui).
Seu filho, aquela coisinha pequenininha que saiu de você e vai ser uma criança serelepe pelos próximos 10/11 anos, um dia vai te odiar. Um dia vai desejar que você morra e vai achar injusto você não fazer coisas por ele. Vai achar um saco ter hora para dormir ou para comer. Vai ficar extremamente envergonhado de você aparecer na frente dos amigos, mas vai te ver como uma carteira gigante e ambulante. Enquanto você estiver educando seu bebezinho, que agora já em lá seus 16 ou 17 anos, ele vai estar sendo insuportável, e essa fase é a que mais demora pra passar. Aí um dia ele vai voltar a te amar, mas ele não vai mais ser um bebezinho, ele vai querer ir fazer faculdade em outro estado e olha só que coisa mais absurda, ele pode um dia querer se casar e começar sua própria família: sem filhos.

Antes que algum especialista em relacionamentos de família e traumas de infância de facebook venha me dizer qualquer coisa: nessa casa eu não tive nenhum (trauma). Fui extremamente amada pelos meus pais em todas as épocas da minha vida, até nas que eu não merecia, sempre aceitam minhas opções com muito gosto e desde que me conheço por gente, quando falei que não queria ter filhos (e eu já tinha pretty much uns 11 anos) me apoiam e entendem todas as minhas prioridades.

Resumo da ópera: é LINDO quando vocês tem esse desejo dentro de vocês de querer ter filhos, de querer ter um pedaço da pessoa que vocês amam e de vocês mesmos no mundo e querer amar e cuidar e educar uma pessoinha, mas vamos combinar que, da mesma forma que eu te respeito quando você escolhe ter filhos e não tento te convencer do contrario, de hoje em diante você vai passar a respeitar minha escolha também tá?

Obrigada, de nada.

Ps: não querer ter filhos não quer dizer que eu odeie crianças, é igual quando eu digo que prefiro gato a cachorro. Não vou judiar do seu bichinho, só preferia que ele ronronasse.

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18 fevereiro 2014

Ter ou não ter, eis a questão ou quando a sociedade desconta as expectativas dela em você

Não existe nada que me frustra mais ao ter uma conversa na hora do almoço com colegas de trabalho ou em alguma ocasião especial com a minha...
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23 setembro 2013

A catarse mais bonita que já tive

Nunca acreditei nesse negocio de dom.
Essa coisa de "fulano NASCEU pra fazer isso" nunca me soou verdadeiro. Podem falar de pianistas surdos, de gênios da física que não sabiam ler e escrever, de gente que "nasce com talento", pra mim é tudo balela pra nossas mães e professores sempre exigirem mais da gente e dizer "nossa mas você tem tanto potencial" e quando você acerta coisas tipo 2+2 já vem dizendo que você tem um dom.

Eu acredito em sangue, suor e lagrimas.
Acredito em uma instituição chamada esforço. Aquele que te leva pra cama e te faz chorar baixinho, te faz encarar a água fria ou quente de uma ducha, te faz respirar fundo pra não surtar tudo por que você vai achar que não é bom suficiente.

Quando Bukowski fala "ache o que você ama e deixe isso te matar" (tradução livre, heim) eu vejo ele sentado num bar, de bermuda e camisa, com uma cerveja meio quente na mão e apontando pra mim. Enquanto ele fala enrolado, o que eu entendo é:
"Você vai achar alguma coisa que você gosta muito de fazer e vai chegar a conclusão de que deve fazer essa coisa pro resto da sua vida. Você vai chorar, você vai querer desistir, vai querer mudar de profissão ou de gosto, mas vai continuar por que? Porque você acha que nasceu pra isso. Você vai esgotar todas as suas fontes, você vai se esforçar até não ter mais saúde, nem tempo, nem amor próprio, tudo isso por achar que você ama mais aquela coisa do que você mesmo. E quer saber? Você ama. E quando te perguntarem se vale a pena, você vai sentir uma vontade imensa de chorar, de mandar a pessoa pro inferno e vai dizer, sorrindo, 'eu faria tudo de novo'".

E pode ser que eu esteja errada, pode ser que o Bukowski só quisesse ser simples e nem gostasse de usar bermuda e camisa, e pode ser que exista esse pó mágico divino chamado dom, mas refletir sobre tudo isso e pensar no quanto eu tenho que me esforçar e em quanto minhas palavras servem bem pra mim mesma é a catarse mais bonita que eu já tive.
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23 setembro 2013

A catarse mais bonita que já tive

Nunca acreditei nesse negocio de dom. Essa coisa de "fulano NASCEU pra fazer isso" nunca me soou verdadeiro. Podem falar de piani...
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15 abril 2013

2 dias de 365 que eu deveria saber usar melhor ou parabéns pra você


Eu tenho outros 363 dias do ano (seriam 365 mas eu não conto seu aniversário e dia dos país) pra dizer o quão importante você é.
Então eu vou só segurar as lagrimas e dizer rapidinho que, toda vez que chega uma data especial que nem essa, a unica vontade que eu tenho é de te contar sobre uma vez que estávamos no ônibus juntos e um pai e uma filhinha entraram e andaram uns pontos com a gente.
Quando eles foram descer, o pai foi na frente e deu as costas pra filha, a menina gritou em protesto, quase que pedindo socorro:
"Papai!" e eu nunca vi tanta verdade nessa afirmação/exclamação.
Acontece que todos os dias eu me sinto igual essa menina, você é meu herói, e eu sempre vou protestar e pedir socorro ao mesmo tempo, parte porque eu não quero que você me deixe pra trás e parte porque eu só preciso que você me dê o exemplo de como descer os degraus gigantes do ônibus pra eu fazer igual e fingir que aprendi sozinha.
Apesar de tudo eu sempre vou tentar ser herói também, e te salvar do máximo de coisas que eu puder, mesmo sabendo que você não deixa, ou que você é crescidinho, ou sabendo que "você é meu pai e é você quem tem que cuidar de mim".
Não dá pra simplesmente largar mão e esperar você vir até mim, eu preciso ir lá e te salvar do seu dia ruim, fazer uma piada sem graça nem que seja só pra você achar graça na minha cara, ou no meu modo idiota de andar, ou de mastigar de boca aberta.

Acontece que pra você eu sou um serzinho que cresceu e que já anda com as próprias pernas pra lá e pra cá, mas que quando chega em casa tarde, ainda é a filhinha que tem lá seus 5 anos e precisa de um abraço e de um beijo de boa noite.
E acontece que pra mim você é essa muralha grande e forte que sempre vai me proteger se alguém tentar me ofender, mas que se alguém bater de frente com você, eu viro bicho e saio na mão, porque no final do dia é assim que eu acho que o amor tem que ser, essa troca louca de sentir o que a gente sente e de fazer mais do que falar.
Nenhuma homenagem, ou texto, ou cronica, pode explicar tudo que eu sinto, porque quando eu penso em como você é especial pra mim, eu só consigo me sentir infinita e me vem toda força pra fazer qualquer coisa, principalmente se for algo que vai te deixar orgulhoso de mim.

Pai, eu não tenho uma forma melhor de te desejar parabéns além de te pedir pra continuar segurando minha mão e me ajudando a descer do ônibus todos os dias que você puder ficar do meu lado, e os dias que você não puder também.
Espero que eu ainda possa andar de um jeito bobo pra te fazer rir por muitos e muitos anos.

Feliz aniversário.

Tata.
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15 abril 2013

2 dias de 365 que eu deveria saber usar melhor ou parabéns pra você

Eu tenho outros 363 dias do ano (seriam 365 mas eu não conto seu aniversário e dia dos país) pra dizer o quão importante você é. Então eu ...
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11 janeiro 2013

Parábola do Açaí

Por mair curioso que pareça, é verdade. Nós, seres humanos racionais, as vezes temos que tentar a mesma coisa pelo menos duas vezes para ter certeza que não gostamos (ou somos perdidamente apaixonados) por ela.

Um exemplo disso é o açaí.
Eu detesto açaí,  mas tenho uma filosofia na vida muito forte que é: nunca diga que não gosta de algo se não tiver experimentado antes.
Eis que eu tentei uma vez, BAM - o coitado do potinho tinha o maior gosto de terra que eu já senti na minha vida. Essa primeira vez foi em meados de 2006.
Poxa, 2006... 6 anos depois, tentei de novo. Fui com meu namorado em uma lanchonete e ele pediu um copo gigantesco (acho que o copo era maior que eu) de açaí. Uma colheradinha depois, eu já estava enfiando qualquer outra coisa da mesa na boca pra tirar o terrível gosto de terra da boca.
Poxa vida, não é possível - eu pensava comigo mesma - todo mundo come esse negocio tão bem, eu devo ter algum problema.
Eis que comecei a trabalhar onde estou atualmente, meu chefe - um cara muito muito viajado e extremamente empreendedor - me contou de quando ele foi morar na Austrália e foi ganhar a vida vendendo açaí pros gringos.
"Açaí é assim, você precisa experimentar pelo menos três vezes pra decidir se gosta ou não", terminou a frase com um sorrisinho. Fiquei inconformada, eu já tinha experimentado duas vezes, IMPOSSÍVEL meu paladar ficar pronto somente na terceira. Mas né? Igual dito popular e conselho de vó (levar blusa, sempre faço) se não seguirmos, com certeza dá alguma coisa errada.
Um belo dia o chefe pediu o bendito do açaí.
MEIA colherada depois, eu já estava bebendo toda a água do escritório  Pronto, tentei as minhas três vezes, agora eu posso OFICIALMENTE dizer que não gosto de açaí.

"Nossa Tamires, mas pra que um texto tão grande para falar do açaí?"
Então, o grande ponto não é o Açaí em si (essa coisa diabólica que com certeza vai dominar o mundo junto com as baratas) e sim sobre o fato de muitas vezes nós simplesmente assumirmos que não gostamos de algo, sem saber que deveríamos tentar essa coisa outras vezes. Claro que eu não condeno quem não gosta de jiló, ou de figado. Mas existem coisas na vida que, quanto mais tentamos, melhores elas ficam.
OBVIO que eu já aprendi a minha lição e pelo menos o bendito do açaí eu não vou tomar de novo, mas sempre me pego pensando sobre coisas que eu assumo que não gosto, ou que disse que não gostava, e hoje em dia sou a maior fã da terra.

Proponho que tentemos evitar o "cuspir pro alto e cair na testa" e não tentemos não assumir que não gostamos de algo, ou que não conseguimos fazer algo sem antes tentar com bastante afinco. Serve pra comida, pra gostos pessoais, pra algum tipo de trabalho manual, pra aprender a dirigir ou a lavar a louça, enfim, pra tudo.

Que essa seja a nossa resolução de ano novo (ou somente a minha): tentemos mais.

Que o ano de vocês seja repleto de coisas boas.
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11 janeiro 2013

Parábola do Açaí

Por mair curioso que pareça, é verdade. Nós, seres humanos racionais, as vezes temos que tentar a mesma coisa pelo menos duas vezes para ter...
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02 outubro 2012

Estágio ou algumas mentiras que as empresas contam

Quando alguém te falar "Estágio é a melhor época da faculdade, você pode experimentar todas as áreas e se descobrir um uma!". Por favor, torça o nariz. Diga que não e depois usa meu argumento.

As empresas que contratam estagiários não querem realmente alguém com essa habilidade de "experimentação" que todos pintam e bordam. Nem mesmo aquelas empresas que dão palestras na sua faculdade que são "super-hiper-mega-ultra descoladas e moderninhas".
No Brasil o estagiário é, na maior parte do tempo, um CLT (funcionário registrado) sem vinculo empregatício e sem benefícios. Uma pessoa que tem essa vontade de testar tudo antes de decidir com o que vai trabalhar (no caso a publicidade, por ser um tanto quanto subjetiva, você tem MUITAS áreas de atuação) com certeza vai ter dificuldade para encontrar o estágio ideal, ou vai acabar mentindo nas entrevistas.

- Mídia? Eu NASCI pra mídia. Tenho certeza que nessa área vou me achar.
- Web? Claro, eu adoro, passo todo meu tempo na internet, manjo muito. Minha área favorita.

Uma dica que posso dar a quem quer que tenha achado o blog por buscar no Google  ou a qualquer amigo que tenha vindo parar de cabeça aqui é: não importa qual a sua área, seu curso ou sua idade. Não se iluda de que você como estagiário não vai ser cobrado, nem que não vai ter responsabilidades. Você vai sim ter data de entrega, vai ter que correr, vai ficar até depois do horário no serviço e provavelmente não vai receber nada mais por isso. E quando você precisar faltar por atestado, isso vai gerar pontinhos negativos contra você na hora de renovar seu contrato.

E as leis?
Então, pela lei de estagio e a maioria dos contratos pré-feitos pelo dpto de estagio de cada faculdade, até mesmo na descrição de tarefas do estudante, é necessário que esteja escrito somente "auxiliar na tarefa x", para que - caso dê algum pepino - o estagiário não tenha que aguentar a bronca sozinho. No melhor estilo "eu estou aqui para aprender, não brigue comigo".
Mas sabemos que não é bem assim.

- Mas Tamires, por que não denunciar esse tipo de empresa, então?
Bom, isso vai de cada pessoa. Eu aprendi a ser uma boa funcionaria para entregar meu trabalho da melhor forma possível, não arrumar briga e aproveitar tudo que eu pudesse de cada lugar que já estagiei. Não vale a pena denunciar uma empresa se ela "descumpre" as leis de estagio, ela pode não ser uma empresa ruim, mas aparentemente isso é uma cultura aqui no Brasil, então a minha dica é: aproveite as experiência que tiver dentro da empresa que conseguir estagiar. Aproveite as pessoas e as dicas que seus chefes ou pessoas de outro departamento possam te oferecer, é sempre útil e conhecimento não sai de você nunca.

Caso você não saiba o que fazer ainda (se sua faculdade te der muitas opções), não tenha pressa. Nesse caso ela realmente é inimiga da perfeição.
Converse com os professores das suas matérias favoritas, eles podem te orientar em como treinar algum software e etc em casa. Caso você ache que esta na hora de dar as caras e não sabe bem onde, siga mais um conselho meu: comece por qualquer lugar.
A melhor forma de saber o que você quer fazer, é saber o que você NÃO quer fazer!

Beijos

Postado por Amy às 16:54 1 comentários
02 outubro 2012

Estágio ou algumas mentiras que as empresas contam

Quando alguém te falar "Estágio é a melhor época da faculdade, você pode experimentar todas as áreas e se descobrir um uma!". Por ...
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01 março 2012

Medo - o freio natural mais usado, até quando?

Essa semana uma professora jogou, em cima da sala toda a maior verdade que eu já ouvi na vida: as pessoas não arriscam por medo.
Uau, 21 anos e alguns sonhos destroçados pra descobrir isso? Não.
Todos sabemos que o medo é aquele freio que faz com que a gente não faça besteira, ou se for fazer, pense doze vezes antes.
Concordo que o medo esta ai pra isso, se não existisse medo, a gente arriscaria até mesmo cosias estupidas, como fazer esportes radicais sem equipamento de proteção e etc.

Lembra aquele episodio de padrinhos mágicos que o Timmy pede pra não ter mais sentimentos, e ele perde até o medo? Eu lembro que ele ia fazer alguma coisa bem estupida, tipo se jogar daquelas pistas com uma moto e etc.

Eu sou extremamente medrosa pra um milhão de coisas, mas concordo com essa professora. Pra que ter tanto medo de tantas coisas. Melhor que tudo, pra que ter medo de se arriscar?
Será que não chegou a hora de só sair, dar a cara a tapa e, quando você fizer algo, aguentar as consequências? É muito difícil, ninguém quer ser a pessoa que errou, quer ser apontado, ninguém quer ser o motivo de vergonha, ninguém quer ser o fraco, o que precisa dos outros.
Mas nós precisamos. Precisamos de outras pessoas do dia que nascemos até o dia que morremos.

Fato é, o quanto vamos arriscar a partir do dia que cair a ficha que não arriscamos nada? Quanta "cara a tapa" nós vamos dar? Quantas coisas erradas nós vamos fazer e não vai rolar contar pra ninguém por medo do que vai ser dito?

Até quando a maior desculpa que todo mundo usa vai ser o medo? Será que tem a ver com ter "bolas"? Ou será que tem a ver com ser mais maduro? Mais "bem resolvido"?
Eu não tenho nenhuma das respostas, como eu disse no post anterior, o máximo que podemos fazer é tirar coisas boas de todas as coisas ruins, porque o difícil não é deixar de ter medo, mas aprender a partir do medo, entender o porquê do medo, entender de onde vem, pra onde vai.

A pergunta que fica é: até quando não vamos arriscar por medo de falhar/errar/perder?

De novo, eu não tenho nenhuma das resposta. Não vou ter hoje. Nem amanhã. Muito provavelmente, vai demorar bastante tempo pra tê-las, mas ao invés de ficar reclamando, eu posso fazer algo a respeito.

"Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo"
Postado por Amy às 16:25 0 comentários
01 março 2012

Medo - o freio natural mais usado, até quando?

Essa semana uma professora jogou, em cima da sala toda a maior verdade que eu já ouvi na vida: as pessoas não arriscam por medo. Uau, 21 an...
Postado por Amy às 16:25 0 comentários